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Crítica Construtiva

Congresso X Supremo

Diferenças ideológicas entre o Congresso e o Supremo são o resultado das alternâncias radicais por que passa o Executivo, que vai da direita para a esquerda sem tempo de se refrescar no centro.

Texto discute a turbulência política no Brasil, destacando a alternância entre governos de esquerda e de direita, polarizados. Reforça que um governo de centro funciona melhor por aqui.

Após a queda de Collor, Itamar Franco implementou o Plano Real, e Michel Temer estabilizou o país após a destituição de Dilma Rousseff.

Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) são opostos que intensificam a polarização política. O Congresso, conservador, e o STF, envolvido em decisões políticas, estão em desacordo, fato explicitado pela controvérsia sobre a descriminalização da maconha.

Questões urgentes como a demarcação de terras indígenas e o aborto legal enfrentam impasses semelhantes. Conclui que é urgente uma repactuação institucional para garantir paz social e desenvolvimento ao país.

Crônica Construtiva

Sentado na poltrona, como todas as manhãs, João Ítalo prepara-se para o seu ritual de sarcasmo matinal. “Supremo fixa em 40 g de maconha o limite para diferenciar uso de tráfico”

Lembra dos tempos em que, na juventude, fumava maconha com os amigos em alguma esquina escura da Mooca.

Olha para a filha Emília, de 17 anos e se pergunta como ela faz para fumar maconha hoje em dia. Certamente é algo bem mais tranquilo do que antigamente.

“Antigamente, a gente tinha medo de fazer isto”, pensa com seus botões. Folheando o jornal, concorda com a roteirista Flávia Boggio, que diz que “para integrantes das classes média e alta brasileira, maconha já era legalizada”. Tem razão!

Quem vai preso por isso hoje no Brasil? Ah, pretos e pobres vão…

Em silêncio, João se levanta e direciona-se para a mesa de café com uma pergunta a ferventar-lhe os miolos. “Se o consumo é proibido, como o porte pode ser liberado?”.

SÉRIE – As elites contra uma Nação

A desigualdade como projeto

Antes da transformação do Brasil em República, leis foram criadas para manter as desigualdades sociais, perpetuando a desigualdade de nascimento.

Em 1850, o tráfico de escravos foi suspenso, e para suprir a necessidade de mão de obra, o Brasil estimulou a imigração de europeus, que chegaram em melhores condições do que os escravos libertos.

A “Lei de Terras” de 1850, ao criar o conceito de “terras devolutas“, favoreceu a concentração de terras nas mãos de poucos, prejudicando camponeses sem meios de comprovar posse.

Embora inicialmente desfavorável aos imigrantes europeus, políticas de colonização facilitaram seu acesso à terra, contribuindo para o desenvolvimento agrícola e econômico do país.

No entanto, os negros libertos foram marginalizados, sem acesso a trabalho, instrução ou assistência, sendo forçados a viver em condições precárias, como nas favelas.

Coluna Construtiva

Nova faixa de Gaza carioca

A comunidade do Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, é um exemplo da ausência do poder público: começou com uma população carente, na maioria nordestinos, que abasteciam a mão de obra do “primo rico”, a Barra da Tijuca.

Essa população foi crescendo, desordenadamente, sobre um terreno instável e sujeito aos alagamentos da lagoa que era invadida por construções ilegais e improvisadas; com a desordem nasceu a milícia para comandar a segurança local e “administrar” o novo bairro.

A paz reinou por um longo período, até o tráfego de drogas descobrir o potencial financeiro do local e, os novos milicianos começarem a explorar o comércio e os moradores com serviços remunerados.

Hoje a insegurança é total, o poder público ignora e não vai interferir, e a guerra entre os poderes paralelos só cresce, na nova “faixa de Gaza” carioca.

Por: Roberto Solano – Colaborador

“entre aspas”

Resenha

O autor analisa, no decorrer da história política brasileira, como andavam a cidadania política, os direitos sociais e os direitos civis de cada época.

Todavia, sua preocupação não se assentou em nos contar a história política do Brasil, mas a história da politização do povo brasileiro — a história daquilo que foi sendo aos poucos conquistado para a autonomia do povo, ainda que com retrocessos.

Inova ao incluir na discussão um fator que outros estudiosos não deram muita atenção em análises pretéritas: a força do Exército nas decisões políticas nacionais.

Confira nossa resenha de “Cidadania no Brasil” no link abaixo